Hoje qualquer um fotografa. A câmera digital, com seu sensor que não depende de revelação como o filme dependia, e os equipamentos eletrônicos que incorporaram as funções da câmera (como tablets e celulares) facilitaram o acesso e até certo ponto ‘banalizaram’ o ato fotográfico.
Acompanhando a fotografia de perto, ora como professor, ora como fotógrafo, fui crítico a banalização da fotografia até me deparar com o “barato” do Instagram. Você enquadra, fotógrafa, recorta (reenquadra), aplica filtros e outros recursos gráficos e publica. No começo eu achava isso um “crime”: cadê o cuidado com a foto? Cadê o critério na hora de fotografar? Tem manipulação!
Mas a fotografia sempre teve algum tipo de manipulação. Quando o fotógrafo decide o enquadramento, acerta a posição da câmera e fotografa, ele está “manipulando” para criar uma visão da realidade. Quando aproxima ou afasta a imagem, ou quando troca de objetiva (lente), também é um tipo de manipulação. Quando decide o tempo, a abertura ou o ISO, ele está manipulando diferentes variáveis que permitem trabalhar com a matéria-prima da fotografia: a luz.
Sem esquecer que a fotografia traz em si o poder de eternizar e permitir relembrar o momento. Acredito que melhor que a foto, só o vídeo, por trazer em si o movimento do momento (mas que exige um volume maior de dados e um processo mais trabalhoso para editar e finalizar com qualidade).
Acessível, popular e imediata. A partir deste três adjetivos, pautarei minha coluna neste portal. A cada texto dicas de assuntos relacionados à fotografia: da técnica à tecnologia, de equipamentos a aplicativos. Sem esquecer da produção fotográfica, áreas, referências e inspirações.
PS: texto originalmente editado na revista Friday, projeto criado e mantido por ex-alunos, em março de 2014. Artigo editado e atualizado a partir do original.
Professor universitário desde 2005, é mestre em comunicação e especialista em criação visual e multimídia. Trabalhou em importantes faculdades e colégios técnicos de São Paulo e Santo André. Radialista de formação, teve passagem por emissoras de TV e Produtoras de TV e Internet. Atualmente dirige a TeleObjetiva e coordena os cursos de Rádio, TV e Internet; Produção Audiovisual e Fotografia da FAPCOM, além da comissão própria de avaliação (CPA) da instituição.